Na prática serão inventariadas as emissões de trios, minitrios e pranchões contratados pela Prefeitura para os festejos carnavalescos, o que abrange ao menos 60 equipamentos, além das viaturas, veículos utilizados na operação da festa, bem como geradores de energia utilizados nos palcos, banheiros químicos e contêineres.

“Neutralizar uma parte significativa das emissões de carbono da maior festa popular do planeta não só fortalece ainda mais nosso Carnaval, mas também demonstra o comprometimento do município com a causa, contribuindo também para conscientizar mais pessoas quanto à questão das mudanças climáticas”, destacou o presidente da Saltur, Isaac Edington.

A ação é fruto de uma parceria entre as empresas Salvador Turismo (Saltur) e Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb), Battre (Bahia Transferência e Tratamento de Resíduos) – concessionária responsável pelas operações e manutenção do AMC (Aterro Metropolitano Centro) em Salvador – e AC Consultoria.

O levantamento detalhado vai quantificar as emissões de CO2, por meio da coleta de dados precisos cedidos pela Prefeitura. Essas informações serão convertidas e calculadas utilizando metodologias reconhecidas pelo Comitê de Mudanças Climáticas das Nações Unidas, garantindo a precisão e a confiabilidade dos resultados.

A partir desses dados, o Aterro Sanitário de Salvador vai compensar a natureza transformando gases nocivos gerados na decomposição dos resíduos provenientes do local em biogás, evitando que poluentes sejam liberados na atmosfera na forma bruta. É desse modo que ocorre a neutralização de gases do efeito estufa via compensação por créditos de carbono.

“Essa novidade é mais um compromisso da gestão com as boas práticas ambientais, proporcionando que a maior festa de rua do planeta seja um grande exemplo de responsabilidade ambiental e sustentabilidade”, afirmou o presidente da Limpurb, Omar Gordilho.

Os créditos certificados pela ONU são gerados em Salvador mesmo. “Para a compensação dessa pegada de carbono (volume total de gases de efeito estufa gerados), usaremos créditos certificados pela ONU, que são gerados no próprio município, no projeto do aterro sanitário da cidade, reforçando a nossa missão e compromisso com a sustentabilidade e a preservação do meio ambiente”, completou o diretor da Battre, Ângelo Castro.